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sábado, 30 de julho de 2011

Postos da polícia militar de Florianópolis servem para alguma coisa?

Fotos do posto da polícia militar de Florianópolis na Praia da Barra da Lagoa.




Fotos registradas dia 26 de Julho de 2011.

Alguma serventia? Um bar, talvez? Seria ótimo! Porque a polícia militar de Florianópolis abandonou! Não dão as caras. Eles existem? Nunca vi, a não ser uns velhos barrigudos uniformizados que já deveriam ter pendurado as chuteiras, porque, duvido que conseguem correr por 5 minutos atrás de bandido.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Fonte: Zine Tralala.
www.zinetralala.blogspot.com

Muitas vezes ouvimos que os pobres são gratos à caridade. Alguns o são, sem dúvida, mas os melhores entre eles jamais o serão. São ingratos, descontentes, desobedientes e rebeldes - e têm razão. Consideram a caridade uma forma inadequada e ridícula, de restituição parcial, uma esmola, geralmente acompanhada de uma tentativa (impertinente) por parte do doador de tiranizar a vida de quem a recebe. Por que deveriam sentir gratidão pelas migalhas que caem da mesa dos ricos? Eles deveriam estar sentados nela e agora começam a percebê-lo.

Quanto ao descontentamento, qualquer homem que não se sentisse descontente com o péssimo ambiente e o baixo nível de vida que lhe são reservados seria realmente muito estúpido. Qualquer pessoa que tenha lido a história da humanidade aprendeu que a desobediência é a virtude original do homem. O progresso é uma consequência da desobediência e da rebelião.

Não consigo entender como alguém que tem uma vida medonha graças a leis absurdas possa ainda concordar com a sua continuidade. Entretanto, a explicação não é difícil. A miséria e a pobreza são de tal modo degradante e exercem um efeito tão paralisante sobre a natureza humana que nenhuma classe consegue realmente ter consciência do seu próprio sofrimento. É preciso que outras pessoas venham apontá-lo, e ainda assim muitas vezes não acreditam nelas.

É por isso que os agitadores são necessários. Sem eles, em nosso estado imperfeito, a civilização não avança.

Oscar Wilde.

Florianópolis menospreza a cultura - Na dependência de edital de licitação, conclusão da reforma do CIC, em Florianópolis, fica para 2012


A cultura em Florianópolis só serve para enriquecer empresários e esses políticos safados. Eu nunca vi isso na vida! Eu duvido que esse CIC vai ser reaberto. E olha que colocaram umas placas enormes lá na frente! Qual será que foi a empresa que cobrou R$ 500.000,00 para colocar aquelas placas? O prefeito de Florianópolis, Dário Berguer e o Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, não têm vergonha na cara! Roubam na maior cara-de-pau! São canalhas! E entra nessa história o senador desse estado... Luiz Henrique da Silveira.


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Pelo menos, R$ 6,8 milhões devem ser gastos para concluir a reforma de teatro e cinema


Pelo menos R$ 6,8 milhões devem ser gastos para concluir a reforma do Teatro Ademir Rosa e da sala de cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC) de Florianópolis. O governo de Santa Catarina garante que os equipamentos estarão em atividades no primeiro semestre de 2012. A reforma do centro iniciada em maio de 2009, já custou R$ 7 milhões - R$ 5,6 milhões do total previsto no projeto e R$ 1,5 milhão em aditivos.

Com isso, essa etapa do projeto, que premia a recuperação da ala sul e de parte do bloco norte do prédio, custará R$ 13,9 milhões.

Nos próximos dias, deve ser analisada a documentação das empresas que estão participando da licitação para essa fase. Depois disso, o menor preço será o critério para escolha da empreiteira que vai revitalizar os dois espaços culturais.

Cinema reaberto em dezembro
Se nenhuma empresa contestar o resultado, o cinema poderá ser reaberto em dezembro. Não há data para retorno dos espetáculos no teatro, apenas a estimativa de que a obra esteja concluída em meados de 2012.

Confiante, o presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Joceli de Souza, assume o compromisso de cumprir os novos prazos.

— Vamos terminar primeiro o cinema, porque a obra é menor e de mais fácil execução.

A sala de projeções será praticamente toda refeita, tanto na estrutura física quanto em termos de recursos tecnológicos.

O que ainda não se sabe é como será a exploração do espaço, já que existem pelo menos quatro exibidores interessados em ocupá-lo. Não está descartada a realização de um edital para escolha do novo responsável pelo cinema.

Fechado em abril de 2009, o Teatro Ademir Rosa é hoje um grande depósito de entulho. Tudo o que poderia ser reutilizado na reforma se deteriorou por conta das infiltrações naquela ala do prédio.

A primeira obra deverá ser o reforço do teto que hoje está sustentado por duas vigas de madeira. No projeto elaborado pelo Deinfra também está prevista a troca das poltronas, da forração e implantação de áreas para cadeirantes, além da renovação da maquinaria e do piso.

— A acústica continuará perfeita — promete Joceli de Souza.

O cinema e o teatro integram parte do segundo módulo da reforma CIC. Para tudo isso entrar em prática, falta um edital, o que deflagrará as obras na ala norte, onde estão o Museu da Imagem e do Som (MIS), a Sala Lindolf Bell, a área administrativa e um espaço de convivência. O montante da reforma do CIC só será conhecido depois desta etapa.

— E temos ainda de dar um banho de loja na área externa com ajardinamento, organizar o estacionamento - adianta Joceli.



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UMA VERGONHA!!!


UM ABSURDO!!!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

SANTA CATARINA – Legislativo podre – Ex-funcionário diz com todas as letras, Deputado Serafim Venzon PSDB (atual secretário do Colombo) é ladrão – Rouba vale-refeição de funcionários

Fonte: Tijoladas do Mosquito.


Depois que o ex-deputado e presidente do PR Nelson Goetten, deu com a lingua nos dentes e disse que metade dos deputados da ALESC são bandidos aqui, nova denúncia de maracutaia atinge um membro dessa augusta casa de prostituição política.

Jovem liderança política de Brusque detona o deputado “médico e monstro”


Ex-funcionário informa aos quatro ventos que o deputado Venzon ficava com o seu vale-refeição  e cometia crimes elietorais em troca de apoio político. Fazia consultas em seu consultório em troca de propaganda eleitoral.
Parece que todo mundo resolveu chutar o balde. Espero que o deputado não me processe por tornar público o que ele sempre soube.

Fala Valdir, abre o teu coraçãozinho!

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Eu era funcionário do Deputado Estadual Serafim Venzon, era Presidente e Fundador da JPSDB de Brusque, era Secretário Executivo Estadual da JPSDB de SC, era o Representante Jovem do José Serra em Santa Catarina.
Como funcionário eu era cotado no Gabinete do Deputado Serafim Venzon sob o número 5705.
Ocorre que Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina de Gabinete além do seu salário tem direito a um Auxílio Alimentação no valor de R$ 986,00 (novecentos e oitenta e seis reais) por mês. Segundo o Sr. Nazarildo que é o Diretor Geral da ALESC, este Cartão de Vale Alimentação era repassado ao Chefe de Gabinete ou ao Deputado que deveria repassar aos funcionários, porém o mesmo não foi feito.
Há tempo que questionávamos o Deputado sobre este recurso, ele nos obrigava através da sua Chefe de Gabinete Josiane Benevenutte que hoje também é sua Chefe de Gabinete na Secretária de Assistência Social-Trabalho e Habitação a assinar uma folha sem timbre algum da ALESC que informava que ganhávamos este cartão, ou seja, uma falcatrua das boas, onde falavam que quem não assinava teria que arcar com as conseqüências.
Ocorre que inconformado com o ocorrido coloquei em questão, pois é um direito do servidor, e ao checar os extratos do cartão, vi que os gastos do meu cartão eram em Florianópolis e em Criciúma. Uma mentira das grandes por parte do Deputado, pois eu não trabalhava em Florianópolis e sim em seu Consultório Médico no município de Brusque onde resido.
Outro grande erro, não pode ser usado o local de trabalho como local Político, e o Deputado Serafim Venzon usa seu consultório como local de fazer Política. Prova disto é que quando chega um cidadão sem condições financeiras de pagar uma Consulta o Deputado Serafim Venzon e também Médico exige que a pessoa assina uma Autorização de Placa para que o mesmo coloque na residência das pessoas em época eleitoral, após assinarem ele faz a consulta. Quando a pessoa necessita de uma cirurgia o Deputado Serafim Venzon exige dez autorizações de placas assinadas com os dados completos do proprietário da residência ou terreno onde o mesmo vai colocar a publicidade. Venzon alega que estas placas é o preço por ele fazer a cirurgia gratuitamente, que é mais uma mentira, ele cobra do SUS as Cirurgias e ainda soma mais uma mentira onde ele faz Vasectomia em troca de voto e nas AIH o mesmo coloca como Hidrocele ou outra patologia Urologica.
Diante do abordado em relação ao Vale Alimentação estou entrando com um recurso Juridico, pois quero aquilo que é meu, que hoje sem juros passa de R$ 30 mil reais. Fiz anúncios via Twitter, Facebook e no meu Blog relatando tudo sobre minha saída do PSDB e falando das falcatruas do Venzon. O mesmo estando incomodado por estar vendo a repercussão, começou a usar Assessores para efetuarem ameaças contra minha pessoa falando: “ Ele é Deputado, sabes que a palavra dele vale mais que a tua então desista deste processo e não o denuncie mais para não sofrer conseqüências” e “ se você continuar com este processo contra o Deputado o mesmo já disse que vai ao INSS pedir o cancelamento da aposentadorias dos teu pais”.
Diante das varias ameaças Registrei um Boletim de Ocorrência na data de 20 de julho de 2011, onde a base é sob o Art 146 do Código Penal, na qual o Deputado através de terceiros vem realizando Constrangimento Ilegal. Em conversa via MSN com uma funcionária que ainda está trabalhando com ele, mas não em Florianópolis e sim no seu Consultório Médico, mas registrada como Assessora Parlamentar a perguntei se eles estão ganhando o cartão e a mesma me respondeu que não. Todo o relatado tem documentos que estão em proteção com meu Advogado.
Solicito a imprensa que de atenção a estes casos e que a Justiça seja feita. Sou um jovem que gosto de Política e sou Acadêmico de Direito, quero poder ver as pessoas acreditarem mais nos políticos, estes que são seus representantes e deveriam ser exemplos. Hoje estou desfiliado do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e estou filiado em outra agremiação partidária, porém deixo claro que não tenho nada contra o partido e sim contra as falcatruas realizadas pelo Deputado Serafim Venzon.
E que a lei seja cumprida independente de quem seja o autor do fato, a lei deve ser cumprida por todos, não é porque é Deputado que vai fraudar um direito trabalhista do seu funcionário e nem ficar enganando o cidadão comprando o voto dele com cirurgia e cobrando do SUS.
Atenciosamente:
Waldir da Silva Neto

Prefeito de Florianópolis, Dário Berguer, deverá explicar contratação de Andrea Bocelli

Por: Luciana Dyniewicz
21/07/2011

O Tribunal de Contas de Santa Catarina deu um prazo de 30 dias para o prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), explicar o pagamento adiantado de R$ 2,5 milhões ao cantor Andrea Bocelli por um show que nunca ocorreu.


O italiano seria a atração principal das festas de fim de ano da cidade em 2009. À época, o show foi cancelado após o Ministério Público apontar irregularidades na contratação da empresa que montaria a estrutura do evento.


O secretário de Finanças e Planejamento do município, Augusto Hinckel, é outro apontado como responsável pelo desembolso do valor e também tem 30 dias para se explicar.


Após a defesa do prefeito e do secretário serem apresentadas, um relatório técnico será feito por auditores fiscais para que os sete conselheiros do Tribunal de Contas julguem o caso.


O prefeito pode ter que devolver o dinheiro e ainda receber uma multa, de acordo com o diretor-geral de controle externo do TCE, Carlos Tramontin.


Desde março de 2010, os bens de Dário estão indisponíveis por causa da contratação irregular do tenor.


O juiz responsável pelo caso criticou, na decisão de bloqueio de bens, o fato de o município ter feito o pagamento sem que houvesse garantias suficientes para os cofres públicos.


Procurado, o advogado de Dário Berger não atendeu a Folha.


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Isso só acontece aqui em Florianópolis/SC. Um absurdo!

terça-feira, 26 de julho de 2011

TREM DESINTEGRADO

Para Jaqueline, difícil não é o entra e sai do dia-a-dia, e sim essa imobilidade urbana


Fonte: Revista Naipe.
Por: Ivanir França.



Jaqueline Ferrari é uma morena de 1,70m, pernas torneadas que se desenham através do vestido, olhos negros brilhantes e lascivos, sorriso perfeito e safado. Após alguns goles de cerveja, a moça quebra o papo cotidiano e larga: “Eu me assumo: sou puta e sou feliz”.

Nessa toada, ela desabafa sobre as mazelas e as benesses dos ossos do ofício. Das entranhas de Belo Horizonte, onde iniciou a carreira, sente saudades da família e da comidinha mineira. Não muito da macharada. “Lá eu achei que não ia dar conta, era muito homem. Um entra e sai frenético, eu até parecia uma Bruna Surfistinha preta, uai”. Só que muito mais gostosa, ironiza com um sorriso de canto de boca.

O inesperado papo continua com um relato detalhado de perversões protagonizadas nas casas de massagem. Jaque é uma profunda conhecedora das intimidades humanas.

Mas a que surpreende mesmo é a Jaque politizada e preocupada com a mobilidade urbana da capital. Desde a sua chegada à Florianópolis ela mora no Ribeirão da Ilha e trabalha na cidade. A distância entre o sul ilhéu e o centro não incomoda. “O problema é a puta sacanagem desse transporte público”, rasga, irada, a morena. Na comparação inevitável entre os enlatados humanos mineiros e os florianopolitanos, a integração desintegrada insular salta aos olhos.

Ela conta que em BH os ônibus estão em péssimas condições de uso, mas a integração funciona - embora a capital mineira tenha quase seis vezes a população de Florianópolis. Uma alternativa encontrada são as vans e os microônibus, que desafogam o sistema público e o tráfego também. Para ela, o que falta é uma boa dose de empregabilidade dos planejamentos sobre o transporte público, que nunca saem das gavetas da Prefeitura.

Finda a noite, ela pega a bolsa - um verdadeiro cinto de utilidades -, chama o garçom e paga a conta. E pela primeira vez não mostra seu lindo sorriso: “tenho que pegar o ônibus”.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Subdiretor do Hospital da PM de Florianópolis revela que há muitas irregularidades na instituição

Major José Nunes Vieira afirma que existe remuneração dupla e cobrança de consultas.


"Hospital é público só no nome, porque tudo dentro dele é feito de forma privada", diz o subdiretor da PM. Foto:Daniel Conzi / Agencia RBS

O subdiretor do Hospital da Polícia Militar, em Florianópolis, o major José Nunes Vieira, 43 anos, deu entrevista nesta quinta-feira (21/07/2011) para o Diário Catarinense sobre as denúncias de cobranças irregulares de consultas e outras suspeitas na instituição. O oficial está de licença médica. Ele afirma que, em menos de dois meses na função, foi possível detectar ilegalidades e imoralidades dentro do hospital por servidores. Ele sai em defesa do ex-diretor, tenente-coronel Sandro Maurício Zacchi, tirado do cargo pelo comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, no dia 11 de julho. As denúncias são investigadas pelo Ministério Público Estadual e corregedoria da PM.

DC — Essas denúncias que estão sendo levantadas em cima do Hospital da PM procedem? Existem as cobranças duplas e irregularidades?

Major José Nunes Vieira — Sim. Nós fizemos a pedido do coronel Zacchi, exonerado do cargo no dia 11 de julho pelo comando-geral. No dia 1º de junho eu me apresentei na nova função. No primeiro minuto do meu trabalho o coronel Zacchi me relatou de sua angústia, que estava doente, em ver um quadro de imoralidades, ilegalidades no Hospital da PM e que não tinha apoio do comando.

DC — Quais são essas ilegalidades?

Nunes — São inúmeras. Dentre estas, nós temos lá um quadro de oficiais médicos e duas médicas funcionárias públicas estatutárias à disposição da PM e fazem parte do quadro de pessoal da PM. Temos 133 funcionários públicos dentro do hospital. Destes, 69 PMs, entre estes eu e até então o coronel Zacchi, a capitã Arlene, capitão Ariovaldo, que viemos recentemente a trabalhar no HPM. Envolvem cobranças do policial militar dentro do atendimento, inclusive na emergência.

"Pagava ou não era atendido"

DC
 — Tem PMs então que precisam pagar para ser atendido?

Nunes — Era: ou pagava ou não era atendido. Se não pagasse não era atendido. Pagamento como: ou por convênio Abepom, ao custo de R$ 80 a consulta, ou Unimed, ou particular R$ 150. Isso era cobrado nos exames, nos ambulatórios, no SPA (Serviço de Pronto atendimento). Por determinação do coronel Zacchi, do dia 1º ao dia 18 de junho, eu na função de subdiretor e chefe da sessão administrativa, passei a cumprir meus expedientes por volta das 6h30min. Todos os dias estava no HPM. De início passei a observar, conversar com pacientes, com profissionais, funcionários, e pude perceber que aquele quadro se arrastava há muitos anos e que outros diretores, a exemplo do coronel Dinor, tentaram mudar esse quadro de ilegalidade e imoralidade. É algo inadmissível.

DC — A PM afirma que há um controle de horários e que os funcionários não cobrariam por serviços enquanto estariam atuando no horário como servidor público.

Nunes — Isto é mentira, isto não é verdade. Quem informou na PM que é dessa forma está mentindo.

DC — Existe controle de horários de funcionários lá para separar quando é público e quando é privado?

Nunes — Não existe. E isso inclusive faz parte do relatório de inconsistência encaminhado ao comandante-geral subscrito por mim, pelo coronel Zacchi e capitã Arlene.

DC — Então existe mesmo a remuneração dupla (de funcionários públicos)?

Nunes — Existe. Até aqui, a data da denúncia, não se pode identificar um minuto sequer trabalhado por conta do vínculo desses profissionais com o Estado. Porque todo trabalho desenvolvido ali é cobrado de maneira particular. Ou seja, o oficial médico, as médicas civis estatutárias, recebem o salário pagos pelo Estado como funcionário público e cobravam do paciente. Só eram atendidos se pagassem, ou por convênio, Abepom, Unimed ou particular. Excetua-se nessa questão os oficiais médicos que trabalham na junta médica da PM.

Provas
DC — O senhor tem provas de que existe essa dupla remuneração?

Nunes — Temos, porque foram preenchidos por funcionários públicos, sargentos, que atendem nos balcões de atendimento do HPM e onde atesta o horário de atendimento de médico e a forma de pagamento ao paciente. Existe desde 2000 parecer da Procuradoria Geral do Estado dizendo que é proibido qualquer tipo de cobrança naquele hospital, que é público e destina-se ao atendimento prioritário do PM e de seu dependente.

DC — Existe uso da "máquina" pública para fins particulares dentro do hospital?

Nunes — Com certeza. Hoje há um oficial médico — que por questão ética não vou revelar o nome dessa pessoa — que agenda as consultas de cunho particular, atende e recebe o valor. A direção do hospital não sabe o valor que ele cobra do paciente, o Estado com enfermeiro, medicação, o centro cirúrgico, o CCIH (controle de infecção hospital) que perdura por meses após a cirurgia, toda a estrutura logística, física, autoclave, materiais cirúrgicos, equipamentos diversos e não se tem uma dimensão nem dos custos.

DC — O que sugeres para acabar com esses problemas no Hospital?

Nunes — O Hospital tem que receber investimentos públicos. Ele só tem o nome de hospital público. Porque tudo que é feito lá dentro, até a implantação da portaria número 2, era tudo de forma privada. Havia duplo pagamento. Um dos salários pagos pelo Estado e outro pago pelos pacientes. Ninguém quer ser controlado ali dentro. Há uma resistência. Fomos desafiados por um oficial médico numa segunda-feira anterior aos rumores da saída do coronel Zacchi. O comandante-geral nos traiu. Em vez de dar apoio à equipe administrativa do HPM, ele primeiro retirou o coronel Zacchi, oficial que estava tomando a frente, não fez vista grossa de que nada do que teve ali dentro, implantou as medidas, mesmo diante do desafio desse oficial médico, que me parece ter muito poder lá dentro.

Contraponto PM

O que disse o comandante-geral da PM em Santa Catarina, coronel Nazareno Marcineiro
O comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, disse que o major José Nunes Vieira está afastado para tratamento psiquiátrico, que nem sempre as suas posturas são tão corretas e que fala às vezes sem medir as consequências.

Nazareno reafirmou que, tão logo soube das denúncias apuradas pelo ex-diretor, tenente-coronel Sandro Maurício Zacchi, mandou abrir inquérito policial militar e auditorias contábeis e dos procedimentos no hospital da PM. Reiterou que o afastamento de Zacchi é para protegê-lo diante da situação e também para preservar a sua saúde.

— Se tem indício de irregularidade, eu quero é apurar tudo o que tem de errado, corrigir e responsabilizando o erro — declarou por telefone o comandante-geral, que estava em viagem na quinta-feira à noite com o governador no Meio-Oeste.

O comandante disse que havia elogiado em público anteriormente o major Nunes pela apuração das denúncias no hospital, mas se mostrou preocupado com a corporação diante das notícias e entrevistas sobre o assunto. No final, Nazareno comentou que o hospital é importante para garantir a retaguarda aos PMs e seus familiares e ressaltou novamente que exigiu investigação profunda sobre o estabelecimento.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ex-deputado Nelson Goetten, preso por crime sexual, denuncia desvios na Assembleia Legislativa

Desvio de verbas das convenções e funcionários fantasmas que envolveria pelo menos metade dos parlamentares


Fonte: ND Online

Depois de 51 dias de cárcere, Nelson Goetten (esq.) faz denúncias. (Foto Fernando Mendes, ND).

Preso desde 2 de junho na UPA (Unidade Prisional Avançada) de Itapema, sob acusação de estupro e aliciamento de menores, o ex-deputado federal pelo PR, Nelson Goetten de Lima, quebrou o silêncio. Em entrevista ao jornalista Nader Khalil, da RIC Record, ele resolveu contar o que sabe sobre a indústria de subvenções sociais, farra das diárias e um esquema para esquentar para notas fiscais frias e justificar gastos na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.


O ex-deputado deu a entrevista dentro da prisão. “Se apurar tudo o que acontece, a casa cai”, afirmou Goetten, referindo-se à Assembleia. Ele não deu nomes, mas revelou que o governo determinava a cota de subvenção social para cada deputado. Segundo o ex-parlamentar, nem todos os deputados participavam do esquema, mas, quem se aproveitou, criava uma associação mantida por subvenções, mas parte desses recursos retornava aos deputados por meio de desvios ilícitos.


O próprio Nelson Goetten foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, a partir de relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado). O procurador-geral da República, Roberto Gurgel enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o pedido de abertura de inquérito para apurar crime contra a administração pública e ressarcir os cofres públicos em R$ 3.069.729,00. O dinheiro do Fundosocial foi distribuido para cinco associações no Alto Vale do Itajaí, mantidas por Nelson Goetten de Lima.


Bom de voto, mas desmoralizado.


Bom de voto, Nelson Goetten de Lima foi eleito pela primeira vez em 1998 a deputado estadual pelo PPB. Fez 20.359 votos. E exerceu mandato de 1999 a 2002. Em 2006, concorreu a deputado federal pelo PFL. Foi eleito com 79.667. Mudou de partido e foi parar no PR (Partido da República). Antes de assumir uma cadeira na Câmara Federal, Nelson Goetten de Lima, exerceu o mandato de deputado estadual pelo PPB, hoje PP.


As entidades citadas no processo são: Acas (Associação catarinense de apoio ao Desenvolvimento Social), Acaf (Associação de Amparo a Família), Companhia de Dança Conhecendo Santa Catarina, Companhia de Música Conhecendo Santa Catarina e Associação Beija-flor.


“Subvenções enchiam carrinho de supermercado”


O ex-deputado contou ao repórter Nader Khalil como funciona o esquema de desvio das subvenções sociais: “…Você libera o dinheiro da associação e manda para a fazenda. A Fazenda não sabendo ela olha e dá baixa. Entendesse? Você pode pedir ouro.


O ex-deputado continuou dando detalhes do esquema: “Você escolhe um laranja por aí afora. Você libera R$ 100 mil para o vagabundo. O endereço não existe. Ele fica com R$ 10 mil e vem buscar R$ 80, R$ 90 mil”, disse. Goetten disse que eram tantas as subvenções que chegava a encher um carrinho de supermercado. 


STF


Trechos de inquérito contra Nelson Goeten 


(..) conforme descreve o Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas, as cinco associações investigadas esmeram-se em apresentar periodicamente contas deficientes, nas quais, além das claríssimas hipóteses de desvio de finalidade e superfaturamento suso descritas, contata-se que sequer as atividades que deveriam ser o cerne da vida associativa encontram-se devidamente demonstradas. Palestras são registradas e financiadas sem discriminação de temas e participantes; aulas ministradas por professores lotados no gabinete de Goetten de Lima, em Florianópolis,membros da 'banda pública' financiada pelas subvenções, são noticiadas como tendo ocorrido em Taió ou Pouso Redondo; doces são distribuídos e almoços são oferecidos, sem que saiba ao certo que relação este tipo de evento guarda com os objetivos das agremiações (..)


Outro trecho conclui:


“Goetten de Lima aufere dividendos políticos evidentes,apresentando-se como empreendedor de projeto que, sabidamente, é financiado pelo Estado de Santa Catarina. Declara ter investido nos shows, quando o custeio, de fato, se dá através das subvenções sociais desviadas, que atingem o montante de R$ 3.069.729,00 (três milhões, sessenta e nove mil,setecentos e vinte e nove reais), em valores da época. Na condição de deputado estadual, peticiona em favor da liberação de recursos para as entidades implicadas, valores estes que se destinam, em última análise, ao seu próprio, enriquecimento pessoal” .

Destruição neoliberal em Santa Catarina

Fonte: Correio da Cidadania.
Por: Lucas dos Santos Ferreira e Fábio Napoleão
21/07/2011.


Não obstante ostentar a imagem de gestor democrático, o governador de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, vem sendo responsável pelo encaminhamento de proposições unilaterais que precarizam o serviço público e desmantelam o patrimônio da sociedade catarinense.
           
Este trágico quadro é marcado por: 1) substituição de conselhos deliberativos por autoridades indicadas pelo executivo estadual (vide Reforma Administrativa); 2) pretensão de extinguir autorização legislativa para mudança estatutária de empresas que contam com participação estatal, além de anseio por suprimir consulta popular para venda das mesmas; 3) profundo desrespeito com grandes segmentos da classe trabalhadora, sobretudo o magistério, que mantendo legítimo processo de greve reivindica direitos economicamente viáveis.
           
A propósito do caráter privatizante do atual governo, convém mencionar que importantes e rentáveis estruturas públicas como a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), a Corretora de Seguros do Estado (BESCOR), a ZPE de Imbituba (equivocada desde sua concepção) e a Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC), estão sendo conduzidas a uma situação que tende a privilegiar cada vez mais um pequeno punhado de gananciosos acionistas descomprometidos com o bem público.
            
No caso da CASAN, diretamente ameaçada por projeto do governo recentemente remetido ao Parlamento que permite alienação de 49% de seu capital, recordemos que somente nos últimos oito anos a empresa investiu a soma de R$ 460 milhões que resultaram em obras voltadas à melhoria do sistema de abastecimento de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgoto no Estado, levando água a cerca de 2,5 milhões de pessoas, angariando um índice de atendimento próximo de 100% nas áreas urbanas de concessão da empresa.
           
Nem mesmo o segmento industrial tem sido atendido a contento. Marcaram igualmente o início da gestão Colombo incentivos a importações predatórias (fios de algodão, por exemplo) e a negação de proposta de redução de ICMS das cadeias produtivas têxtil, de revestimentos cerâmicos, equipamentos de informática e moveleira, todas atingidas por política econômica irresponsável mantida há mais de 15 anos no âmbito nacional. No caso da produção de móveis, o incentivo não ultrapassaria a marca de 40 milhões e atingiria mais de 400 empresas, possibilitando aumento de produção e criação de novos postos de trabalho.
           
Não bastassem tais constatações, permanece ainda o gerenciamento de determinados Fundos do Estado em prol de duvidosos privilégios de certos grupos. A situação, constatada por auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado em 2009, pouco foi modificada e quatro fundos desconectados da base de cálculo orçamentário (Funcultural, Fundesporte, Funturismo e Fundosocial) já resultaram em brutal retirada de recursos da saúde e da educação, que superaram o montante de R$ 486,5 milhões.
           
Faz-se mister a organização dos setores progressistas da sociedade barriga-verde para que não sejam fortalecidos os interesses dos arautos do livre-cambismo em Santa Catarina. Esperamos que a bancada de oposição da Assembléia Legislativa tenha postura coerente e faça jus a nobre memória de Paulo Stuart Wright e tantos outros lutadores do povo catarinense.

Lucas dos Santos Ferreira é pesquisador do Laboratório de Planejamento Urbano e Regional (LABPLAN/UDESC) e mestrando em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (FFLCH/USP).

Fábio Napoleão é professor dos departamentos de Geografia e Economia da UDESC.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

PMs são retirados da rua para atuar à paisana na Assembleia

Foto: Daniel Conzi

Pelo menos 32 policiais militares foram retirados das ruas, ontem, para uma ação diferente: ficar sentado, à paisana, na primeira fileira da galeria superior da Assembleia legislativa (foto), enquanto durasse a votação do reajuste dos professores. A ordem era para não levantar sob hipótese alguma.
Permaneceram lá por, pelo menos, seis horas. Cada um dos três batalhões da PM da Capital cedeu homens à operação. A única orientação era ocupar o espaço. Toda a ação de segurança para enfrentar a tensão da votação foi planejada no dia anterior, na antessala do gabinete da presidência. O chefe de gabinete do deputado Gelson Merisio solicitou ao chefe da Casa Militar da Assembleia, coronel Paulo Henrique Henn, um plano para conter eventuais manifestações mais exaltadas. O temor era de que os manifestantes jogassem moedas nos deputados.
O coronel Henn encaminhou pedido de apoio de tropa aos batalhões da Capital. No linguajar militar chama-se canal de comando, quando militares são cedidos para atuar sob as ordens de outro oficial. Vale lembrar que os 32 homens cedidos não são da P2, o serviço de inteligência.
Os arapongas da Polícia Militar também estavam circulando pela assembleia livremente. Se for somado ao efetivo do Bope que foi deslocado para a Assembleia, mais o corpo da guarda da Casa e outras viaturas que foram dar apoio, chega-se facilmente a um efetivo superior a cerca de 100 policiais militares mobilizados para conter os professores. Sob o ponto de vista operacional, os militares comemoraram o resultado da operação, já que conseguiram fazer a contenção sem o uso da força.
O problema é destacar 32 homens, que estariam nas ruas, para permanecer sentado, olhando a manifestação. Um PM chegou a questionar as ordens e foi ameaçado de detenção por insubordinação. O blog entrou em contato com a assessoria da PM e com o comando do 4º Batalhão. Só não não conseguiu conversar com o coronel Henn, na Assembleia.

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E enquanto isto os índices de violência e criminalidade aumentam de vento em popa em Florianópolis.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

SANTA CATARINA – Um estado governado por canalhas – Professores são tratados como bandidos

Fonte: Tijoladas do Mosquito


SC – Estado policial

Estamos todos em estado de choque – O deputado Gelson Merísio (DEM PSD) passa para a história da política catarinense, como o presidente da ALESC mais despreparado e desqualificado – FANTOCHE do COLOMBO e  do Jorge Bornhausen.  Transformou a ALESC num monte de merda.
Nem no período mais negro da ditadura militar (1968 – 1975) aconteceu uma barbaridade dessas. Esses deputados canalhas não podem ficar impunes ?
Placar da vergonha -  Veja os deputados bandidos que votaram contra a educação de Santa Catarina



Quando o governo vence, quem ganha?


“Quando o governo vence, quem ganha? Ninguém! É isso mesmo ninguém. Vencer tripudiando os trabalhadores da Educação, afundando ainda mais a Educação, enterrando o Plano de Carreira do Magistério resultante de décadas de lutas da categoria, não pode significar vitória, nem mesmo ao governo, neste caso o descrédito nos políticos e no governo só aumenta.
O que esperar de um professor em sala de aula desmotivado, sem perspectiva e humilhado? Nada! Ser professor é estar motivado e motivar. É ser fonte de inspiração, firmeza e orgulho. Não serei assim, voltando derrotado, desacreditado, sem esperança.
O que esperar dos professores que voltam nas condições indignas que o Colombo nos coloca? Hipocrisia. (como me afirmou um estudante esta semana: “Quero ver a cara de pau do Professor ao dizer para a turma (classe) que esta tudo bem e recomeçar a aula”) não quero passar por isso, não quero hipocritamente dizer está tudo bem.
O que dizer de um governo que não respeita a Lei do piso? Retira direito adquirido e ainda pretende criar outro plano de carreira de forma arbitraria para ajustar às pretensões orçamentárias do governo.   
E o que nossa categoria esta fazendo para impedir? Retornando as aulas? Repondo aulas? É essa a saída? Acho que não!
Quem perde como essa situação? Todos! É isso mesmo! Todos perdemos! A comunidade escolar e conseqüentemente a sociedade.
Portanto, pelo amor de Deus unam-se professores, lutem, defendam o oficio, a educação de SC!
Certamente o governo está rindo desta divisão, pois o tempo todo apostou nesta realidade. Ainda há tempo! Somos inteligentes, precisamos encontrar uma solução.
Pois se permanecer assim, insisto, todos perderemos e muito. Prof. João Carlos Martins”