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terça-feira, 14 de junho de 2011

Governo de Santa Catarina desrespeita e persegue educadores!

28/05/2011

A greve dos educadores de Santa Catarina iniciou no dia 18 de maio e conta hoje com a adesão de 90% da categoria. A mobilização ganhou um novo fôlego recentemente, motivada pela indignação causada pela proposta do governo de Raimundo Colombo (PSD) que, diante da greve, afirmou que pagará o piso a partir deste mês, mas não aplicado ao plano de carreira. Essa medida significa que o educador que tem licenciatura plena receberá o mesmo que um educador que tem magistério.
A proposta, que veio por meio de uma medida provisória encaminhada ontem na Assembleia Legislativa de SC, visa destruir o plano de carreira dos profissionais da educação, fruto de uma luta de 30 anos. Os deputados ainda não deram o parecer, mas estão plenamente conscientes de que a medida desrespeita a Constituição Estadual (Parecer jurídico do Sindicato).
O governador Raimundo Colombo e o Secretário de Educação Marco Tebaldi dizem que SC não tem verba suficiente para pagar o piso nacional. Essa afirmação foi desmentida ontem, após se constatar que Santa Catarina não ultrapassaria o limite legal que pode ser gasto com os servidores públicos . Além disso, existe uma série de denuncias que apontam o desvio de R$2.795.232.179,02 do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Reunidos em 30 Assembleias regionais em todo estado, os educadores e educadoras rejeitaram a proposta do governo e reafirmaram seu compromisso com a luta pela educação, mantendo a greve por tempo indeterminado até que se cumpra a lei do piso nacional na sua totalidade. Após as assembléias, foram realizados atos de protesto com passeatas e queima de diplomas. Um professor no ato em Florianópolis ironizou "vou rasgar todos os meus diplomas, graduação, mestrado... isso para ganhar o suficiente para não precisar mais comer coxinha no almoço e no jantar. Como já quase moro na escola e passeio em casa (se referindo a sua jornada de 60 horas semanais) vou dormir na sala dos professores. Só espero que teto da sala não caia na minha cabeça".

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