Greves do transporte coletivo seguem sendo um abuso na Capital, sem que as autoridades façam nada para impedi-las.
É muito estranho que, ano após ano, os moradores da Grande Florianópolis tenham que aceitar, passiva e coletivamente, essa anarquia em que se transforma a negociação salarial entre empresários e empregados do sistema de transporte coletivo. Na volta do feriado (24), a população foi surpreendida pela ação de motoristas e cobradores, que paralisaram o serviço pelo período de uma hora. Assim, sem mais nem menos, sem avisar ninguém, de uma forma prepotente, autoritária e ilegal. O curioso é que, do ponto de vista da autoridade, não houve qualquer tipo de manifestação em relação ao caso. Numa prova de que, em Florianópolis, o direito coletivo continua sendo torpedeado e afrontado pelo interesse corporativo e antidemocrático de uma minoria. Não é justo. A massa de cidadãos florianopolitanos não merece ser maltratada dessa forma e, pior de tudo, sem que uma única autoridade constituída diga ou faça algo.
Covardia.
É interessante ainda observar, sobre esse “estado de greve” de motoristas e cobradores, que a força pública só é utilizada contra manifestações da sociedade que questionam o aumento das tarifas de ônibus. Alguém por aí já viu a polícia usando tropa de choque para colocar os ônibus parados em funcionamento? Nunca. Quando muito, os coletivos são multados por “estacionamento em local proibido”.
Desobediência.
Paralisação-relâmpago, sem aviso prévio, como fazem os motoristas e cobradores de ônibus, é crime contra a ordem pública. Trata-se da mais descarada desobediência civil, que tem de ser punida com o mais absoluto rigor. Chega de impunidade!
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